Eu, Eu Mesmo...e o Cinema!: PIRATAS DO CARIBE - NAVEGANDO EM ÁGUAS MISTERIOSAS

O desastrado e excêntrico Jack Sparrow está de volta, desta vez cruzando o caminho do temível Capitão Barba Negra. O problema é que os dois estão em busca da Fonte da Juventude. Nessa jornada, Jack reencontra o seu antigo amor Angelica e ao descobrir que ela é filha de Barba Negra, percebe que terá que ficar de olho para não cair nas tentações da moça e desconfiar a quem ela está ajudando.

Quatro anos se passam e anunciam um quarto filme. Sem Keira Knightley, Orlando Bloom e sem o diretor Gore Verbinski. "What a f...?". É muito estranho imaginar como a franquia continuaria sem alguns dos personagens principais e sem o toque plus do diretor. Isso foi benéfico para esta franquia, já que o casalzinho fica-não-fica já tinha dado o que dar. Não que não tivessem funcionado. Funcionou muito bem, mas tudo o que precisava ser contado sobre eles já foi contado e agora eles têm um novo rumo a tomar. Surgem novos personagens. A escalação do novo elenco foi incrível. Eliminaram dois grandes astros e contrataram outros ótimos. IAN McSHANE surge como o Capitão Barba Negra e a melhor adição ao elenco (e melhor coisa que tem no filme todo), PENÉLOPE CRUZ. Como eu amo essa mulher! Penélope dá vida à Angelica, filha do Barba Negra. Rola todo um charme de mulher poderosa e aquele olhar latino, com a make de pirata, ficou muito versão feminina de Jack Sparrow, imperdível.

A aventura é nova. Esquecendo levemente os outros filmes, desta vez Jack Sparrow tem que chegar à Fonte da Juventude, cenário este que deveria levar o nome do filme. Seria muito melhor "Piratas do Caribe - A Fonte da Juventude", mas enfim. Jack vai ser enforcado e, como sempre consegue escapar da condenação. Engana todo mundo e acaba caindo no navio de Barba Negra e aí, como um tratado, saem em busca da fonte da Juventude. No meio de toda essa trama, muitas lutas de espada e cenas de muita pirotecnia, embaladas com a incrível trilha sonora do compositor Hans Zimmer, com o marcante tema da série, o filme vai ficando cada vez melhor, apesar de enfraquecer um pouco no meio. As sereias, novas criaturas na trama demoraram para aparecer. Em se tratando de filme de fantasia onde vale tudo (até ir para o fim do mundo), as sereias já tinham que ter aparecido nos outros filmes (pelo menos no terceiro, para ser menos chato do que é). As cenas delas são incríveis, elevando ao máximo a qualidade dos efeitos especiais do filme. E como é de praxe na série, este também tem uma divertida (e curta) cena adicional após os créditos finais. Não é super importante para a história, mas é uma maneira legal de ver que nem tudo vai acabar tão bem e quem se deu mal no final, arranjou um jeito de se divertir.

O tom do filme está na medida certa e é um filme muito mais familiar do que os outros. O segundo e terceiro filme tem uma trama muito madura, complexa e arrastada. Este novo traz mais o ritmo do primeiro filme, entretenimento puro, muita cena de ação sem enrolação e nada arrastado, como os dois últimos. Eu não sei se a mudança de diretor foi uma opção da Disney, ou se foi porque o diretor antigo resolveu não fazer mais parte disso, mas que essa nova escolha foi incrível.

O diretor é Rob Marshall. Sou fã dele primeiro porque ele fez um dos meus filmes preferidos: Chicago. Segundo porque a especialidade dele é de musicais. Resultado: as cenas de ação são muito dinâmicas e nada cansativas para os olhos de quem vê, já que todas elas tem uma marcação coreografica muito organizada, característica forte em musicais, em que as coreografias todas tem um significado marcante para contar uma história. Além de seu majestoso talento, Rob trouxe consigo uma grande atriz amicíssima dele, para fazer uma ponta no filme: Judi Dench.

Como eu não poderia deixar de falar, JOHNNY DEPP continua com a brilhante interpretação de seu Jack Sparrow. Ele é a alma do filme e o projeto não funcionaria se ele não estivesse mais afim. Para sorte de quem é fã da franquia, Depp declarou que estará em quantos Piratas do Caribe o público quiser que tenha!

Juntar todas essas pessoas incríveis que eu citei que fazem parte deste filme de uma maneira ou de outra, como Johnny Depp, Penélope Cruz, Geoffrey Rush, Rob Marshall, Hans Zimmer e Disney, é a fórmula de sucesso. Esse é um dos poucos filmes que se juntou muitos astros e não saiu ruim. Geralmente há uma "competição" velada dos astros e a quimica não funciona, o que para sorte de quem for ver este, tudo funciona.

Este é sem dúvida um dos maiores lançamentos do ano e foi muito aguardado por mim, que saí satisfeito do cinema e já esperando um próximo filme! Ainda não foi anunciado, mas agora que sabemos que o astro do filme quer mais, é só esperar os bilhões de bilheteria para garantirmos que um quinto será feito.