sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A INQUILINA

            A Dra. Juliet foi traída pelo namorado e muda-se para um apartamento enorme e com um aluguel muito barato. Logo ela se torna íntima do dono do prédio, Max, um quarentão charmoso que mora junto de seu avô. Ao longo dos dias, Juliet vai sentindo algo estranho acontecendo em seu apartamento e resolve instalar câmeras pelo local, afim de descobrir o que acontece pelo apartamento enquanto ela não está.


            Trata-se de um suspense, porém, sem nada de novo. A historia é o velho clichê do tradicional filme de suspense: um tarado com distúrbios mentais que persegue a mocinha. O novo aqui está apenas no modo de contar a história e a ordem em que ela é mostrada, o que torna-se um ponto positivo no filme. A direção é de ANTTI JOKINEN, que mostra-se eficiente em contar histórias de suspense e de como criar um clima de suspense sem tornar um terror, mas incapaz de executar uma direção de atores. O diretor, que antes dirigia muitos videoclipes, é estreante em longa-metragem.

            HILLARY SWANK é Dra. Juliet. Hillary, que em outros filmes já havia mostrado que entende do que faz e sabe bem como levar o filme, encarna a protagonista sem exageros e diferente do que já vimos dela antes. Porém, sua característica marcante ainda está presente - seus papéis são sempre mulheres decididas e determinadas, mas este papel a obrigou revelar uma certa fragilidade. Fragilidade esta que não aparece em diversos momentos que deveria, deixando o espectador em dúvida se ela foi a escolha certa para este papel. Ainda me arrisco a dizer que ela tem uma qualidade melhor que o próprio filme em si. JEFFREY DEAN MORGAN é o "bad guy", mas sua semelhança com JAVIER BARDEM é tão grande que ás vezes incomoda e distoa um pouco a atenção para a história - pelo menos comigo é assim. Mesmo com isso, o cara trabalha muito bem na linha entre o mocinho e o vilão, o que é um grande desafio para um ator - cativar o público, fazer-nos confiar plenamente no personagem, para no clímax destruir todo o encantamento. Ainda podemos contar como ponto positivo a participação de CHRISTOPHER LEE, com sua voz forte, grave e sinistra, utilizando-se disso para contribuir com o mistério todo que envolve seu personagem.


            O filme apresenta as duas visões da história: a da mocinha e a do vilão, até o ponto em que as duas histórias se cruzam e tornam-se uma só. Não espere desvendar o final, até porque na verdade é tudo muito óbvio, como já foi dito aqui. Você já sabe desde o início o destino dos personagens e quem é o mocinho e o vilão. É bem o estilo de "Psicose", no qual sabemos desde o início que Norman Bates é o problemático que vai atacar as mocinhas. O barato aqui é ver o desenrolar da história, esperando ansiosamente o clímax final.

            De qualquer maneira, é um filme legal para ser visto, principalmente para os que morrem de medo de filme de suspense e não consegue assistir nenhum. Este é leve, mas mantém o espectador atento para não perder nenhum susto.

A INQUILINA
(The Resident - EUA, 2010)

Direção: Antti Jokinen
Elenco: Hillary Swank, Jeffrey Dean Morgan, Christopher Lee, Aunjanue Ellis, Lee Pace, Nana Visitor
Duração: 91 min.


Quando e Onde Assisti:  Em Casa - 27/10/2011
Nota:  6,5

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